O RH 4.0 se insere no contexto da quarta revolução industrial que, por sua vez, funcionará em um ritmo mais intenso do que todas as suas precedentes devido, sobretudo, à utilização das novas tecnologias.
As maiores mudanças se darão na forma pela qual as atividades profissionais serão realizadas, com trabalhos assumidos por robôs dirigidos por funcionários. Nesse contexto, o RH 4.0 se diferencia dos métodos tradicionais que se baseiam na gestão básica das relações de trabalho, objetivando cuidar e manter os profissionais satisfeitos.
Agora, porém, o setor de Recursos Humanos atuará sob uma perspectiva estratégica, auxiliando as organizações a desenvolverem talentos inteligentes ou profissionais do conhecimento, por meio da análise das necessidades reais e futuras dos empreendimentos e, também, do desenvolvimento das metas necessárias para atendê-las.
Pensando nisso, apresentamos, ao longo deste artigo, o conceito de RH 4.0, evidenciando seus principais desafios, impactos e benefícios sobre a gestão de pessoas. Boa leitura!
Os desafios surgidos com o RH 4.0
É imprescindível que os profissionais de RH tenham a flexibilidade necessária para se ajustarem às mudanças de tendências e ambientes. A força de trabalho demandará que estejam abertos a distintas formas de pensar e realizar suas tarefas. Sendo assim, confira, a seguir, alguns dos desafios surgidos com o RH 4.0.
Inspirar e desenvolver talentos
Ao longo dos anos, a seleção e o recrutamento foram processos mecânicos: assim que surgiam vagas em aberto, o RH buscava os profissionais com as competências exigidas e escolhia os melhores por meio de entrevistas e testes.
Contudo, a chegada ao mercado de trabalho de toda uma nova geração de jovens hiperconectados está forçando mudanças radicais. A busca por significado e propósito no trabalho está em franca ascensão.
Em tal contexto, é necessário compreender quem são esses indivíduos, conhecendo suas necessidades e perfis. Afinal de contas, são eles que vão, a partir de agora, selecionar as empresas, não o contrário.
As atividades cotidianamente desempenhadas estão mudando também. A automação de tarefas, cada vez mais, permite que os trabalhadores se dediquem integralmente a funções estratégicas, além de diminuir a carga horária dos funcionários. As empresas devem, portanto, se preparar para acolher novas posições em suas equipes profissionais, fomentando uma cultura organizacional que ainda não deslindamos totalmente.
Foco no ambiente digital
Os processos organizacionais e a sua gestão, no RH 4.0, serão totalmente virtuais. Esse fato gerará inúmeros desafios aos ambientes de trabalho, como menos burocracia e mais sustentabilidade.
O cálculo das folhas de pagamento será feito, sem papelada, por máquinas; os registros dos colaboradores estarão alocados em arquivos na nuvem; as rescisões serão resolvidas por meio de uma flag no e-mail; as homologações, por sua vez, serão 100% digitais, sem a necessidade de deslocamentos.
Nesse sentido, outros desafios envolverão a possibilidade de articular equipes multialocadas, com seus integrantes atuando via home office. Dessa forma, os gastos relacionados às estações físicas de trabalho se reduzirão drasticamente e o tempo dos colaboradores será bem melhor aproveitado.
Liderança no RH 4.0
Em meio a tantas mudanças, os líderes terão, naturalmente, que se adaptar. Promover culturas colaborativas trará, mais do que nunca, resultados superiores em comparação à insistência em hierarquia e controle.
Logo, os gestores devem se acostumar a lidar com essa nova geração de profissionais, que têm perfil mais tecnológico do que todas que a precederam. Ademais, conceitos como ciberespaço, robôs e equipes virtuais já são realidades. Gerenciar pessoas e, simultaneamente, administrar os novos recursos digitais serão os maiores desafios dos novos líderes empresariais.
Os principais impactos e benefícios para a gestão de pessoas
Implementar as posturas estratégicas inerentes ao RH 4.0 assegura uma série de benefícios para a empresa, dentre os quais destaca-se uma maior eficácia em suas ações.
O setor de RH que atuar à luz desses princípios conseguirá planejar salários e cargos de seus colaboradores com o máximo de eficiência e, consequentemente, terá mais chance de atrair e reter os talentos.
Desse modo, será possível trazer os recentes avanços para o interior da organização. Isso porque, ao executar suas tarefas, o setor necessitará adotar soluções tecnológicas eficazes. Bons exemplos disso podem ser encontrados nos novos sistemas de gestão e e-learning.
Esse modelo permite maior dinamicidade na gestão de talentos, promovendo uma maior integração entre departamentos. Com efeito, os profissionais de RH experimentarão maior facilidade em introduzir os valores, a visão e a missão da empresa perante os funcionários que já foram alinhados, desde a contratação, com as competências cruciais à organização.
Retenção de talentos
Conforme mencionado, a gestão de pessoas não será mais a mesma das décadas passadas. A partir de agora, teremos gestões transparentes, globais e multiculturais. Os novos ambientes não mais apresentarão os mesmos limites, à medida que as pessoas se colocarão como participantes ativas e não mero público das decisões corporativas.
Os Recursos Humanos são chamados a realizarem todo o seu potencial, tornando-se, verdadeiramente, sobre pessoas. Será fundamental, para quem deseja exercer essas funções, apoiar uma marca de colaborador atraente e com propostas reais de valor, desenvolvendo a capacidade de comunicar eficazmente seus insights.
Novas ferramentas digitais, que permitem recrutamentos mais amplos e sofisticados, desenvolverão ainda mais as formas inovadoras de buscar currículos via LinkedIn ou divulgar vagas para públicos bastante segmentados por meio de anúncios no Facebook ou Google.
Uma vez que a utilização de ferramentas digitais estimula e simplifica o trabalho remoto, é possível trabalhar com profissionais de qualquer parte do mundo. O RH 4.0, portanto, não se contentará em reter bons profissionais. Ele poderá se dedicar a reter os talentos ideais para cada vaga.
De fato, profissionais com cargas horárias e habilidades adaptadas às novas exigências vão pleitear outras formas de gestão. O controle, por exemplo, poderá ser realizado por produtividade, em vez de se basear na quantidade de horas trabalhadas.
Como a necessidade de presença física em escritórios ou outros locais de trabalho pode ser severamente reduzida, o RH necessitará de ferramentas tecnológicas para monitorar novos formatos de atuação profissional. Estamos vivenciando o melhor momento para aderir a soluções que ainda estão pela frente e que, seguramente, funcionarão em ambientes totalmente online.
Melhora no clima organizacional
Os profissionais do setor de RH que se mostrarem capazes de se ajustar a certas circunstâncias e modificar suas estratégias quando as alterações mais importantes acontecerem — a fim de atender melhor suas empresas, funcionários e stakeholders —, gerarão melhores ambientes de trabalho.
Isso trará melhorias para todos, estimulando o crescimento da organização e ajudando a construir relacionamentos mais sólidos, elementos imprescindíveis para o sucesso dos negócios que serão feitos no contexto da nova revolução industrial.
Cumpre ressaltar, por fim, que as adaptações necessárias ao RH 4.0 não envolverão tarefas fáceis. Afinal, muitos hábitos e processos tradicionais estão sendo profundamente transformados em uma velocidade impressionante. Por isso, buscar, durante essa transição, o apoio de consultores alinhados com as práticas mais modernas é uma excelente alternativa.
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