Na atualidade, as mudanças ocorrem em um ritmo cada vez mais acelerado e isso atinge, também, os modelos de gestão. Nesse contexto, é de fundamental importância implementar novos métodos que fomentem a autonomia e confiram maior poder de decisão aos seus colaboradores. Esses são, justamente, os pilares de uma gestão descentralizada.
Trata-se, dentre outros elementos, de reduzir os níveis hierárquicos, minimizar as estruturas de poder e colaborar para a real integração de setores e de espaços compartilhados. Pensando nisso, apresentamos, ao longo deste artigo, os principais aspectos da gestão descentralizada e como é possível utilizar esse conceito em sua empresa. Boa leitura!
A mudança de cultura
Até recentemente, reduzir os níveis hierárquicos dentro das organizações ou mudar os modelos de gestão representava desafios impensáveis para grande parte dos líderes empresariais. Nos modelos tradicionais, as maiores reclamações dos profissionais centravam-se na produtividade, na comunicação e nos valores que cada colaborador agrega ao negócio.
Todavia, começaram a aparecer alguns movimentos no sentido de horizontalizar essas estruturas. Tal ousadia vem sendo recompensada, uma vez que implementar modelos de gestão descentralizada vem contribuindo para que as organizações se tornem verdadeiras referências em seus segmentos de atuação.
A partir dos resultados dessas empresas, muitos executivos e empreendedores arrojados ampliaram suas perspectivas e passaram a usar parte das práticas dessas organizações como um meio para estimular suas próprias equipes e alavancar a produtividade.
Porém, para que os efeitos benéficos da descentralização possam se incorporar e gerar bons frutos a longo prazo, é imprescindível focar na mudança de cultura por meio de políticas consistentes de valores, assegurando a manutenção do modelo em todas as distintas circunstâncias de mercado.
A distribuição de poder
Estimular os colaboradores e viabilizar a autonomia em suas atuações é outro elemento imprescindível para a obtenção de resultados satisfatórios, o desenvolvimento de suas potencialidades profissionais e o engajamento com os objetivos estratégicos da empresa.
Ao criar departamentos responsáveis nos modelos hierarquizados é bastante comum que, ao ocuparem essas posições, os colaboradores se arvorem de status e poder. Nesse cenário, a vaidade e a prepotência encontram terreno fértil, produzindo duas classes de profissionais: aqueles que mandam (ou pensam que estão mandando) e aqueles que obedecem (ou fingem que estão obedecendo).
O resultado é francamente deletério: a eficiência operacional começa, aos poucos, a se esvair e um ambiente burocrático se instaura, levando os membros da equipe a gastarem tempo, energia e recursos para sustentarem um sistema bem menos produtivo.
O papel dos líderes
Nas gestões centralizadas (baseadas em controle e comando), não há, em termos práticos, líderes. O que existe são chefes que, via de regra, especializam-se em “apagar incêndios”.
Por outro lado, a descentralização implica na mudança desse profissional, cuja principal função passa a ser a de motivar sua equipe, incentivando os colaboradores a tomarem decisões e levando os profissionais a se desenvolverem ao máximo.
Cumpre ressaltar, por fim, que o modelo de gestão descentralizada tem como elemento central o engajamento de todos os funcionários nos objetivos e metas da empresa. Para usar esse conceito na sua empresa, você deve:
- envolver distintas áreas em um mesmo projeto;
- oferecer feedbacks e estabelecer conjuntamente todas as metas pessoais dos membros da sua equipe;
- envolver os colaboradores na troca ativa de ideias e nos processos decisórios;
- compartilhar dados sobre a empresa, deixando informações objetivas sobre projetos e metas disponíveis a todos.
Lembre-se de que, sem aquela antiquada rigidez hierárquica e ouvindo ativamente a todos, a implementação da gestão descentralizada representará uma valiosa oportunidade de crescimento e obtenção de melhores resultados para todos os envolvidos.
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