Conforme uma empresa cresce, ela amplia sua estrutura e seus processos. O fluxo de informação se torna mais complexo, exigindo mais controle – daí a necessidade de se adotar uma estrutura de governança corporativa, capaz de evitar e mitigar problemas.
A governança é um sistema de regulação e monitoramento pela qual os sócios, diretores, colaboradores e demais stakeholders se relacionam. É um conjunto de práticas e princípios norteadores, de modo a alinhar as ações e os recursos aos objetivos da organização.
O fato é que esse modelo já está se tornando algo fundamental para o sucesso de uma empresa, principalmente quando atrelado à gestão de pessoas. Neste post mostramos como a governança corporativa está relacionada ao setor de Recursos Humanos, de modo a envolver toda a organização. Continue a leitura e fique por dentro do assunto!
Qual é o papel da governança corporativa nas organizações?
A governança corporativa se baseia principalmente na ideia de transparência, tanto nos processos quanto nos indicadores. Esse princípio é muito importante para a gestão eficiente de qualquer empresa, independentemente do tamanho dela. No entanto, ganha ainda mais relevância nas grandes organizações.
Dessa forma, pode ser entendida como um alinhamento dos objetivos estratégicos da organização, desdobrando-se no próprio funcionamento dela. É nessa hora que o setor de Recursos Humanos tem posição estratégica, uma vez que é responsável pela gestão das pessoas envolvidas na empresa.
Afinal, o RH cuida diretamente do treinamento e do engajamento dos colaboradores, construindo uma cultura voltada para a melhoria de processos. É o caso, por exemplo, de uma transformação digital, na qual o setor tem o papel de desenvolver e capacitar os talentos da empresa para a utilização e o aproveitamento das ferramentas tecnológicas.
Dessa forma, a gestão de pessoas deve compreender os objetivos de cada processo, bem como os KPIs relacionados ao desempenho dos profissionais. É preciso que o RH esteja alinhado aos objetivos da empresa para que isso seja corretamente repassado aos colaboradores.
No entanto, ainda que o ambiente organizacional seja bastante regulamentado, é preciso que os líderes de Recursos Humanos tenham essa expertise para implementar ações de governança corporativa e compliance. Assim, é preciso criar controles e indicadores adequados para garantir a transparência nas operações.
Qual é a relação entre Recursos Humanos e compliance na governança corporativa?
O RH pode ajudar na implementação de práticas de governança corporativa ao contribuir para a formação e o engajamento dos colaboradores. Isso pode ser feito no desenvolvimento de competências e habilidades nos indivíduos, de maneira alinhada aos objetivos da empresa – algo, de certa forma, inerente à atuação da gestão de pessoas.
Um exemplo disso é a implementação de uma gestão 4.0 nos processos de um call center ou de uma indústria. Para tanto, é necessário contar com pessoas capacitadas, prontas para atender às expectativas da organização. Nesse sentido, o RH é o responsável por regular e garantir o envolvimento dos colaboradores.
Portanto, o RH é fundamental para criar todo um modelo de gestão alinhado aos objetivos da empresa. Isso significa que os aspectos de governança corporativa envolvem todos os controles e processos reguladores que promovem mais transparência e conformidade na organização.
Como melhorar os processos que envolvem RH e compliance na governança corporativa?
Como isso pode ser implementado na prática? Essa mudança pode ser mais simples em empresas maiores, que já contam com auditorias internas e boas práticas de gestão e processos maduros. Isso não quer dizer que a governança não possa ser aplicada a pequenos negócios.
Por sinal, já é uma tendência nas empresas brasileiras ter mais preocupação com os controles de governança. Os diversos escândalos de corrupção, as fraudes e os diversos problemas legais recentes geraram a necessidade de se criar mecanismos de compliance e controle de processos, visando a redução de riscos.
Até mesmo grandes tragédias, como a ocorrida em Brumadinho, sinalizam a necessidade de investir em políticas mais claras e alinhadas à transparência. Para tanto, é preciso saber identificar os riscos, os processos que devem ser alterados, os controles adequados e aplicá-los no dia a dia da empresa. No entanto, isso só é possível quando há uma mudança de pensamento dos envolvidos – principalmente da alta gestão.
Uma maneira de simplificar esse processo é implementar ferramentas e processos voltados para alterar a rotina de trabalho de maneira progressiva. Nesse sentido, a tecnologia pode ser uma grande aliada, uma vez que facilita o acesso dos controles e indicadores por diversas pessoas.
Por meio da tecnologia, é possível identificar e controlar riscos, criar normas e canais de comunicação claros e objetivos. Todas as normas e os regulamentos podem ser controlados por uma única ferramenta, facilitando o trabalho e a integração entre os setores.
Com a tecnologia adequada, é possível controlar os indicadores de desempenho e os níveis dos processos, fazer o mapeamento de riscos, bem como adotar uma política de automação e comunicação – tudo isso de acordo com as normas e os procedimentos adotados. Os colaboradores podem aprender e consultar o conteúdo sempre que necessário.
Atualmente existem diversas tecnologias, cada uma adequada a um modelo de empresa ou direcionado para a implantação de determinados processos. O problema é que nem sempre elas convergem todas as aplicações necessárias à governança corporativa.
O ideal é contar com uma ferramenta completa, que integra várias funcionalidades em uma mesma plataforma, como o controle e o mapeamento de riscos, o plano de ação e a comunicação entre os colaboradores. É uma forma dos gestores terem sempre disponível todas as informações sobre o que acontece na empresa.
O fato é que a área de Recursos Humanos está sempre em evolução, até para acompanhar as mudanças do mercado. Nesse contexto, nada mais atual do que a implementação de práticas de governança corporativa, que consigam alinhar os objetivos da empresa à transparência nos processos. O mais importante é que a organização esteja preparada para essa transformação, na qual a tecnologia exerce um papel central.
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