Em tempos de transformação digital e automação de processos, uma dúvida sempre é válida: como manter a segurança da informação? Para quem tem receio de armazenar documentos e informações sensíveis e pessoais online, a resposta a essa pergunta é fundamental.
Afinal, as notícias sobre ataques cibernéticos são frequentes — e a tendência para 2019 é a mesma. Para se preparar diante desse cenário, as empresas brasileiras investem mais na proteção dos dados. É o que aponta um estudo da IDC. Segundo a consultoria, há um aumento de 12%, em média, nos valores dedicados à segurança cibernética. Até 2021, a expectativa é um crescimento anual de 11,5% em toda a América Latina.
O que é feito na sua empresa? Se você ainda está em dúvida, saiba que existem várias medidas a adotar. É o que vamos mostrar neste artigo. Então que tal conferir as dicas e ver como proteger a sua empresa?
A priorização da segurança da informação pelas empresas
Atualmente, as empresas armazenam seus dados na nuvem e dependem da internet para executarem seus processos produtivos. Com a indústria 4.0 e a necessidade de estarem inseridas na transformação digital, as organizações precisam se adequar a esse cenário, que é o de regulação da informação.
Nesse contexto, a segurança e o controle dos dados se transformam em diferenciais competitivos para as empresas. Essa é a principal justificativa para os investimentos crescentes, mas ainda existem outros fatores a considerar.
Para você ter uma ideia, o mercado de TI deve crescer 10,5% em 2019 no Brasil. O principal destaque para os CIOs é a segurança da informação. O motivo é o crescimento das soluções da próxima geração. Elas devem ser 2,5 vezes mais rápidas que as tradicionais.
Além disso, a necessidade de se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e o receio de sofrer ataques — especialmente dos ransomware, que sequestram os arquivos corporativos — fazem com que a preservação das informações se torne uma demanda constante.
Devido à importância do assunto, existem iniciativas de uso da inteligência artificial (IA) e do machine learning aplicados à segurança cibernética. Os investimentos chegam a 671 milhões de dólares somente em 2019.
Todos esses dados evidenciam que a informação, atualmente, é valiosa. Ela faz parte do patrimônio corporativo e um dano gera prejuízos significativos, tanto no que se refere à imagem e à reputação quanto no que aborda o planejamento futuro organizacional. Portanto, torna-se fundamental garantir a integridade e a autenticidade dos dados, já que essa é uma atitude estratégica para os negócios.
Os 5 riscos aos quais sua empresa está vulnerável
A empresa que ignora a proteção dos dados está sujeita a diferentes riscos. Nesse momento, é preciso compreender que a segurança cibernética está fundamentada em alguns princípios:
- confidencialidade: o acesso é oferecido somente a pessoas autorizadas;
- autenticidade: os dados gerados permanecem iguais ao longo do processo;
- integridade: as características originais da informação e dos métodos de processamento são preservadas;
- conformidade: o sistema deve seguir leis, regulamentos e normas referentes ao procedimento necessário;
- disponibilidade: os usuários autorizados devem ser capazes de acessar as informações quando necessário;
- irretratabilidade: a negação de autoria de uma transação já realizada se torna impossível.
Todos esses critérios asseguram que a segurança dos dados abranja 3 principais camadas:
- física: envolve hardwares (servidores, computadores e meios de comunicação) instalados;
- lógica: contempla os softwares, a fim de manter os dados preservados em sua movimentação e atualização;
- humana: refere-se aos colaboradores e implica políticas de segurança para evitar erros que levam a invasões imprevistas.
Assim, os setores mais sensíveis aos ataques cibernéticos são o de processos produtivos da indústria, o financeiro ou o de contas a pagar, e o de arquivos em geral. Nesse cenário, os riscos mais frequentes são os que apresentamos abaixo. Veja.
1. Falta de política de segurança da informação
A eficácia da proteção inicia com a implantação de políticas de segurança. O objetivo é aumentar o nível de proteção do negócio por meio de ações específicas, como:
- adoção de estratégias de backups;
- criação de rotinas para validar acessos;
- treinamento de colaboradores;
- implementação de analisadores de tráfego, bem como de firewalls e detectores de intrusos.
A política sempre deve ser embasada nos princípios da segurança informacional. Além disso, é importante apresentar informações a respeito da postura de gestores e colaboradores. Ao adotar a transparência com os usuários, há oportunidades de explicação e conscientização. Essa medida é relevante porque o total de ataques virtuais aumentou 274% no Brasil.
2. Falta de controle dos processos
O controle dos processos e o acesso dos usuários é mais fácil com a segurança dos dados. O ideal é definir privilégios de uso e limitar o número de contas para evitar invasões. Além disso, é necessário determinar mecanismos para monitoramento e testes.
3. Ausência de filtros de conteúdo atrelados à gestão da informação
Os filtros de conteúdo são recursos de firewall que bloqueiam e monitoram o acesso de determinados assuntos que estão na internet. Por isso, abrangem também e-mail, acesso à rede etc. Eles são importantes para manter a imagem da empresa, que pode ser prejudicada por situações simples.
Um exemplo é quando vários colaboradores postam em redes sociais durante o horário de trabalho. Apesar de ser comum, isso é capaz de passar uma imagem negativa aos clientes. Em relação à segurança da informação propriamente dita, os filtros evitam o acesso a sites com conteúdos impróprios e até a entrada de malwares, que iniciam os ataques cibernéticos.
4. Falta de política de gestão da informação
A burocracia existente nas atividades realizadas com papel impresso trazem alto risco para os processos organizacionais. O ideal é ter uma política bem clara, em que todos saibam o que fazer e em quais circunstâncias. Lembre-se de que esse fator envolve qualidade, gestão, responsabilidade e proteção dos dados. Por isso, é necessário especificar:
- controles de segurança;
- ações para a gestão de incidentes;
- configuração de segurança, com consequente atualização das tecnologias.
5. Existência do BYOD
O Bring Your Own Device é uma tendência tecnológica em que o colaborador leva seus dispositivos para utilizar no ambiente de trabalho. Apesar de ter muitos pontos positivos, o BYOD requer cuidados para evitar invasões. Para isso, é preciso implementar uma política de segurança. Ela tem o dever de definir critérios para uso dos aparelhos móveis particulares e quais permissões são concedidas.
Com esse cuidado extra, os riscos aos quais sua empresa está exposta são menores e causam menos prejuízos à organização.
4 dicas para manter suas informações mais seguras
As informações somente são protegidas quando há cuidados em diferentes aspectos. Os recursos são variados — e conhecê-los é o primeiro passo para manter a segurança dos dados. Por isso, vamos apresentar 4 dicas para colocar em prática na sua empresa. Confira!
1. Aposte em controle, processos e tecnologias de software para prevenir ataques
Os ataques cibernéticos são evitados com a implantação de ferramentas que notificam atividades suspeitas em tempo real. Existem diferentes softwares com essa finalidade no mercado. O ideal é verificar aqueles que estão mais adequados ao contexto organizacional e que oferecem uma consultoria de implementação e treinamento para o uso das soluções.
Lembre-se ainda de organizar os processos a fim de evitar perdas de informação. Determine, por exemplo, que as informações dos colaboradores serão armazenadas na nuvem, em vez de impressas, já que as impressoras são grandes fontes de vazamento de dados.
2. Use um bom antivírus
Esse software é essencial, porque impede a instalação de arquivos ocultos, analisa os atuais e evita invasões ocasionadas por ransomware e outros malwares. Mantenha o sistema sempre atualizado para garantir o acesso a uma base de vírus avançada e com mais capacidade de eliminação de riscos.
3. Estabeleça controles relacionados a processos que geram papéis
As impressoras, multifuncionais e outros dispositivos são fontes frequentes de ataques e vazamento de dados. Por isso, o ideal é armazenar as informações em um data center seguro, especialmente na nuvem. Também devem ser seguidas normas de segurança claras, além de um backup frequente dos dados.
4. Utilize a criptografia
Os dados devem ser criptografados para impedir o acesso de usuários não autorizados. Essa medida é importante para o tráfego de informações, especialmente no caso de dispositivos móveis, como notebooks e smartphones. Aqui estão abrangidos arquivos de relatórios, planilhas financeiras, minutas de contrato, planos de marketing, entre outros.
Perceba que, para ser eficiente, a política de controle de processos exige ir além de toda a parte de infraestrutura e segurança, porque é assim que são abrangidas as informações digitais. Nesse contexto, é preciso saber escolher uma boa plataforma, como a da Tecfy, que gerencia todo o ciclo de vida da informação, desde a captura de um documento digitalizado até a imposição de políticas de restrição do acesso aos dados.
Além disso, há uma plataforma de automação de processos e rotinas, que permite o controle das incertezas e riscos de determinado processo. Desse modo, a segurança da informação da sua empresa é melhorada, com otimização dos processos, gestão das informações de modo eficaz e seguro e compartilhamento de dados com proteção máxima.
Agora que você já sabe o que precisa fazer para manter os dados corporativos protegidos, que tal conferir outras dicas relevantes? Assine a nossa newsletter e receba os conteúdos diretamente no seu e-mail!