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Publicado originalmente por TV Nube
A pandemia mudou o mundo, disso não existem mais dúvidas, e as maiores transformações foram no mercado de trabalho. A tecnologia na área de Recursos Humanos (RH) tem modificado desde o relacionamento interno, feito a distância, até processos seletivos e gestão da performance dos colaboradores.
Como funciona na prática
Para o especialista de TI e sócio-diretor da Tecfy, Marcel Santos, a high tech veio apoiando a eliminação das burocracias, automatização e digitalização de processos. “Isso para o RH ter tempo de engajar e motivar as pessoas alinhado com os propósitos e objetivos das empresas”, analisa.
De acordo com a pesquisa da PricewaterhouseCoopers (PWC), 75% dos executivos se preocupam com a velocidade e o impacto de novas inovações nos empreendimentos. Assim, as inteligências digitais disponíveis hoje para o RH permitem a manutenção ou até mesmo o aumento da produtividade para os negócios no durante e pós-pandemia.
Segundo a head de gestão de pessoas da GTO RH, Thais Mendes, do Rio de Janeiro (RJ), nós estamos passando por um período de isolamento, mas não podemos nos afastar. “Por isso, é muito importante a comunicação com esses profissionais por meio das videochamadas. Estar o tempo todo trocando informações e se conectando, não só por telefone – é melhor em relação a não ter nada, mas fica um pouco frio”, explica.
Assim, as conferências por vídeo deixam as ligações mais calorosas na medida do possível. “É essencial reunir a equipe, trocar experiências, falar sobre os desafios e as dores dos setores e da vida pessoal para nos sentirmos mais próximos”, complementa a head.
Nesse sentido, para o CEO da Ótimo Gestor/ELOCA, Sérgio Bueno, antes de chegar no final é preciso consertar a rota, caso contrário, só se vê o erro lá no desfecho. “As ferramentas estão nos ajudando, dando amparo para isso. Dessa forma, chegaremos no ponto certo, na hora certa e gastando menos”, avalia.
A influência sobre a saúde mental
Veja só! Conforme o estudo da International Stress Mangement Association (ISMA-BR), nove em cada dez colaboradores brasileiros apresentam sintomas de tensão e ansiedade, como a alteração do humor, irritabilidade, dificuldade de concentração e perda de interesse pelas atividades. Dessa forma, a produtividade e performance do estabelecimento também é afetada.
As doenças mentais ainda são sub diagnosticadas devido ao preconceito existente na sociedade, acometendo quase 10% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Só no Brasil, são quase 11,5 milhões. Quando direcionamos o olhar ao cenário empresarial, os transtornos comportamentais são a terceira causa de afastamento, com mais de 75 mil pessoas só por conta da depressão.
Todavia, aplicar recursos nesse problema pode ajudar. Como? Terapias em grupo de maneira virtual, aplicativos com esse foco ou até programas de meditação on-line. Ou seja, o universo tecnológico como ponte para melhorar a qualidade de vida dentro das organizações. Isso é comprovado com a publicação científica “The Lancet Psychiatry”: a cada um dólar investido em programas de vitalidade psíquica, o retorno é de quatro dólares, na capacitação e desempenho dos trabalhadores.
Portanto, adaptar- se a esse novo cenário foi um estímulo para dirigentes de diversas esferas. Uma coisa é fato, o vírus não vai desaparecer de repente só pela adoção da high tech, mas nunca tivemos uma forma tão fácil de administrar as atividades e a vida simultaneamente.
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